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Clicar ou Pular? - Escola Estadual Alice Loureiro

  • Foto do escritor: jogoemcenaarte
    jogoemcenaarte
  • 11 de ago. de 2018
  • 3 min de leitura

Levamos a Escola Estadual Alice Loureiro nossa proposta de performance/ instalação que reflete sobre como ser criança na contemporaneidade, em meio a era digital, onde as brincadeiras, os jogos, os brinquedos são tablets, notebook, celulares... e não mais a bola, pipa, corda, o espaço em si, o corpo e suas relações com o outro e o espaço.

Deste modo, buscamos dialogar com algumas inquietações que surgem a cerca do brincar no mundo contemporâneo, quais são as brincadeiras da contemporaneidade? Quais as consequências da introdução da tecnologia no brincar, nas relações que estabelecemos com o mundo?

O quanto a tecnologia interfere positiva ou negativamente no desenvolvimento como um todo da criança(físico, intelectual, emocional, artístico...)?

Como a dança pode se apropriar das brincadeiras e dos jogos para compor a cena e para trabalhar os seus conteúdos?

Assim, propomos um resgate as brincadeiras infantis ditas tradicionais, neste caso a Amarelinha, que sugere a construção de um espaço que coloca o corpo em movimento, estabelecendo diversas relações sejam elas espaciais, sociais...



Essa intervenção é sempre muito interessante, inicialmente as crianças mostram que conhecem e sabem brincar, mas na hora que são convidadas a realmente brincar, percebem que a brincadeira está realmente esquecida em suas memórias... esquecem algumas regras, tem dificuldade de realizar os movimentos... e acabam criando novas modos de brincar, se relacionando com os colegas pedindo ajuda...

Especialmente nesse dia solicitei que elas escrevessem nas fitas o que aquele momento lembrou ou significou para elas. E muitas escreveram que lembraram de quando brincavam na rua de sua casa com os amigos e que estava com saudade de brincadeiras assim que usam o movimento e proporciona a relação real com os amigos.

Além disso, uma professora da escola me relatou que eles pediram para não desmanchar o desenho do chão do pátio, pois eles gostariam de poder brincar depois e aquele espaço construído iria lembrá-los e incentivá-los. Isso me fez pensar em como são construídas as escolas, em sua maioria sem incentivo ao movimento, a Arte, a criatividade, ao brincar... acreditando que o conhecimento se dá apenas pela leitura, cálculos, pela mente, enfatizando que há a dicotomia corpo-mente, a qual não acreditamos.

De acordo com Wallon (1975), o meio constitui os campos que fornecem as crianças recursos para seu desenvolvimento, ou seja, o meio, seja ele humano ou físico(estrutural), apresenta possibilidades para aprendizagem. Por isso, é importante proporcionar às crianças as mais variadas experiências nesses campos.

A proposta desse projeto está focada na inserção de atividades artísticas, com ênfase na linguagem da dança, que propõe aprendizagens a partir do corpo em movimento, considerando principalmente o seu elemento espaço. Segundo Almeida (2016) esse é um elemento bem importante para a dança que utiliza necessariamente dele, construindo-o e ressignificando-o. É no espaço que o corpo se situa e onde se criam e desenvolvem os movimentos expressivos.

Sendo assim, busca-se por meio de tais intervenções proporcionar às crianças vivências que visam despertar sua criatividade, imaginação; respeite suas características; englobe o movimento expressivo; permita trocas de experiências com o meio, com o outro, ampliando suas perspectivas sobre o mundo; e possibilite descobertas sobre si, sobre a dança, a arte. Acreditando na importância da Arte do Movimento que tem ficado esquecida no mundo da tecnologia, enfatizando que ela está para além do ato motor, pois

estabelece diálogos com o mundo, cheios de intenção, sentido e significados.

 
 
 

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